domingo, 2 de setembro de 2012

Domingo, 02 de Setembro de 2012.

Sobre se apaixonar.

Quando paro para pensar sobre a paixão, sempre me recordo dos tempos em que eu escrevia textos enormes e refletia páginas e páginas mentais sobre a paixão consumada, o desejo de transcender no ato sexual, a intimidade, os corpos... (...)
Tendo em vista o que tem acontecido ultimamente comigo, percebo agora a paixão de uma forma tão pacífica que me impede de, até, ter desejos profundos. Estou falando sobre se apaixonar a cada esquina. 
É curioso pensar sobre coincidências, mesmo aquelas que de fato não existiram, mas você fantasia a possibilidade de terem ocorrido.
O prazer do intocável é maravilhoso... E eu tenho cedido de uns tempos pra cá. Mas contrariando qualquer ideia prévia que tinha sobre o assunto, eu, ao invés de me sentir necessitada de toque carnal, não. Dessa vez não. Dessa vez tudo soa em tamanha inocência e uma falta de dependência, substituindo a última pelo sorriso quando eu puder vê-la chegando de longe.
O desejo agora é de, simplesmente, reencontrar e olhar, nos olhos, nos lábios... Apenas.
Quero, hoje, pagar uma sessão de cinema e tomar refrigerante no mesmo copo... Quero que amanhã eu acorde e não mude de ideia. 

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Poema dos Olhos da Amada


Ô bien-aimée, quels yeux tes yeux
Embarcadères la nuit, bruissant de mille adieux
Des digues silencieuses
Qui guettent les lumières
Loin... si loin dans le noir
Ô bien-aimée, quels yeux... tes yeux
Tous ces mystères dans tes yeux
Tous ces navires, tous ces voiliers
Tous ces naufrages dans tes yeux
Ô ma bien-aimée aux yeux païens
Un jour, si Dieu voulait
Un jour... dans tes yeux
Je verrais de la poésie, le regard implorant
Ô ma bien-aimée, quels yeux... tes yeux.

Quinta-feira, 30 de agosto de 2012.

No meu mundo perfeito, o único silêncio comum entre as minhas nações internas seria a guerra.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Quarta-feira, 25 de abril de 2012.

Eu me escondi de você em um mundo em que eu cuidava de mim.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Quinta, 29 de março de 2012.

Minha boca na sua
A sua na minha
Na rua...
Finjo que ninguém vê.

Sua boca na minha
A minha na sua
Na rua
...

A sua boca na minha
A sua na minha
Na rua
Um gole de rum na chuva
E sou sua por um segundo infinito.

sábado, 7 de abril de 2012





"And listening
My ears know that my eyes are closed

Ready to sing
My sixth sense peacefully placed on my breath"

                                                                 Massive Attack



Sonho Lúcido

O que é meu não é meu, mas na minha cabeça é muito meu.

Sábado, 7 de abril de 2012.

Sentimento desfalecido, insatisfação e raiva sempre canalizada. Pensava eu ser boderline, mas num pulso sabe-se que não reconhecemos reais distúrbios próprios. Minha empolgação parece fútil, eu sei, mas não me esqueço por um segundo de como eu ardi com um único toque. Brilhantes sensações, tudo é muito novo pra mim. Cliché isso tudo, mas fazer o quê? Você me faz ter vontade de escrever poesia ruim.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Desapareça

Cresça,

Se esqueça ou desapareça...

Ou me entorpeça.

Me use antes que eu me esqueça

Que eu tenho certeza

Que a vida não é só beleza

E que isso é que vira a cabeça

Pro caminho que só da tristeza.

Me use e desapareça.

Segunda-feira, 6 de janeiro de 2012.

Busca de significado é retrocesso.

Nesse momento minha carne arde em completo vazio.

Vazio forjado, buscado e conquistado.

Ficção é uma palavra má.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Terça feira, 31 de janeiro de 2012.

Admiração, arte e alguns prazeres simples. Lembrar disso.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Terça feira, 24 de janeiro de 2012.

Me cobram tanto, tanto que eu sei que posso dar, mas o que eu daria não seria eu.

Terça feira, 24 de janeiro de 2012.

Confessar me sentir fria fez meu coração se partir em um milhão de pedaços, do jeito mais dolorido possível. As vezes é difícil aceitar a verdade, ou aceitar a existência do nada, mais.

Simplesmente não posso esperar nada do que eu quero.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Quinta feira, 19 de janeiro de 2012.

Não mate o que eu acredito estar vivo. Não invalido outras idéias, apenas mantenho viva a minha. Exaltação de sensações e sentimentos. Meu único desejo seria não precisar bloqueá-los futuramente.

Quinta feira, 19 de janeiro de 2012.

Aquele que diz que não estou disposta a sensações não sabe bem o que diz.
De que vale arriscar tudo sem ter um significado? Simplesmente não acredito no risco de tentar buscar um significado com quem não acredito que designe outro a mim. Simples. Cru.

Não me ponho ao deleite, não acredito no vazio, mas tenho a certeza da infinidade de sensações das quais eu poderia me permitir.

De nada vale o tesão se ele não me apresenta nada em troca.

Gosto de poesia, chuva, capuccino com canela e eu deitada no seu colo, meia luz... cortinas fechadas. Gosto da ilusão do eterno... Do eterno, certo que instantâneo.

O choro não me dói, nem o riso, apenas o que não é sincero.



04h13.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Terça feira, 17 de janeiro de 2012.

Toda essa pressão psicológica que eu implico a mim mesma só me lembra de uma coisa: Preciso começar a escrever ficção.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Terça feira, 17 de janeiro de 2012.

A garota da varanda não existe.

Sei o quanto é triste iniciar assim, mas, desculpe-me Anaïs... Desculpe-me por ser uma fraude.

Você é tão imensamente viva e inspirada! Como disse Henry, que mulher você é! Sempre quis ser como você... Você me faz falta!

Sou uma fraude porque sou uma frígida... Não sou nada mais que isso. Eu vou perdê-la por isso. Choro para mim mesma quando penso nela.

Você estava certa. Isso é o terror frente à completa destruição. Morrerei de desejos profundos. Estou quase em carne viva de novo.

Exatamente um mês.

Terça feira, 27 de dezembro de 2011.

Paixão. Ela de novo. Mas agora não falarei apenas dos ódios de outrora. Não simplificarei o fato de a vida ser fácil quando o álcool é alcançável. Não reclamarei de meus punhos de aço e glorificarei as minhas inconstâncias. Falarei sobre a mudança, talvez de um jeito mais natural do que nunca.

Dezoito. Dezoito anos, oito meses e quatro dias. Sempre toquei no assunto sobre como eu necessitava de paixão, de como ela me inspirava, ou como ela me fazia sentir viva e única, da sensação de êxtase. Quando acreditei no descomplicar da vida, ou seja, esquecer paixões malucas, acreditar que relacionamentos não me completavam no fim, eu fiz algo: Uma troca.

E a causa disso é ... . Quem finalmente me fez enxergar além. Para ela, a beleza real não está na paixão, e sim no amor. Ela me disse que a diferença entre os dois está na intensidade e na longevidade, e isso me assusta. Porque, de certa forma, não consigo entender suas demonstrações de afeto. Bem... Às vezes penso que eu e ela somos como peças trocadas. O discurso de uma completa a essência da outra. Por exemplo, a sua própria crença na longevidade do amor é duvidosa pra mim. Afinal, ela mesma me disse que seus relacionamentos são intensos e curtos; Já eu, dona de um discurso pronto de longa data sobre paixões, inspirado obviamente por Anais Nin, só tive relacionamento relativamente longos e nada intensos.

Pra mim, ela é a paixão em carne e osso. Intensa, viva, livre e instantânea. Claramente, isso não era nem perto do que eu queria que fosse a nossa historia. Queria mantê-la viva, mas não sei até onde eu duraria. Meu único interesse agora é provar pra ela o quanto ela é maravilhosa e o quanto eu estou feliz por tê-la encontrado, por ela ter aparecido na minha vida. Mas por que isso me dói tanto? Por que agora, de repente, eu tenho medo do futuro? É tão incerto assim? Será que eu estou negando o que eu sempre achei essencial, como a liberdade? Afinal, é a liberdade que me assusta? Por que eu tenho tanto medo da negação agora?

Minha cabeça esta realmente bagunçada. Estou destruída por completo. Se ela ao menos soubesse o poder que ela tem sobre mim... Se ela soubesse as horas que eu passo a esperar por ela, só pra poder vê-la, tão longe, por um segundo... Mas ela é especial. É por isso o meu medo.

Com ela terei que aprender a não mais negar a minha expressão. Ela precisa disso. É algo que a faz sentir viva. Ela precisa da minha reação e eu vou carregar o impossível sobre mim pra poder dar isso a ela.

Estou frente à completa destruição?

Não. Estou na busca de um significado.

Exatamente às cinco da manhã.