Paixão. Ela de novo. Mas agora não falarei apenas dos ódios de outrora. Não simplificarei o fato de a vida ser fácil quando o álcool é alcançável. Não reclamarei de meus punhos de aço e glorificarei as minhas inconstâncias. Falarei sobre a mudança, talvez de um jeito mais natural do que nunca.
Dezoito. Dezoito anos, oito meses e quatro dias. Sempre toquei no assunto sobre como eu necessitava de paixão, de como ela me inspirava, ou como ela me fazia sentir viva e única, da sensação de êxtase. Quando acreditei no descomplicar da vida, ou seja, esquecer paixões malucas, acreditar que relacionamentos não me completavam no fim, eu fiz algo: Uma troca.
E a causa disso é ... . Quem finalmente me fez enxergar além. Para ela, a beleza real não está na paixão, e sim no amor. Ela me disse que a diferença entre os dois está na intensidade e na longevidade, e isso me assusta. Porque, de certa forma, não consigo entender suas demonstrações de afeto. Bem... Às vezes penso que eu e ela somos como peças trocadas. O discurso de uma completa a essência da outra. Por exemplo, a sua própria crença na longevidade do amor é duvidosa pra mim. Afinal, ela mesma me disse que seus relacionamentos são intensos e curtos; Já eu, dona de um discurso pronto de longa data sobre paixões, inspirado obviamente por Anais Nin, só tive relacionamento relativamente longos e nada intensos.
Pra mim, ela é a paixão em carne e osso. Intensa, viva, livre e instantânea. Claramente, isso não era nem perto do que eu queria que fosse a nossa historia. Queria mantê-la viva, mas não sei até onde eu duraria. Meu único interesse agora é provar pra ela o quanto ela é maravilhosa e o quanto eu estou feliz por tê-la encontrado, por ela ter aparecido na minha vida. Mas por que isso me dói tanto? Por que agora, de repente, eu tenho medo do futuro? É tão incerto assim? Será que eu estou negando o que eu sempre achei essencial, como a liberdade? Afinal, é a liberdade que me assusta? Por que eu tenho tanto medo da negação agora?
Minha cabeça esta realmente bagunçada. Estou destruída por completo. Se ela ao menos soubesse o poder que ela tem sobre mim... Se ela soubesse as horas que eu passo a esperar por ela, só pra poder vê-la, tão longe, por um segundo... Mas ela é especial. É por isso o meu medo.
Com ela terei que aprender a não mais negar a minha expressão. Ela precisa disso. É algo que a faz sentir viva. Ela precisa da minha reação e eu vou carregar o impossível sobre mim pra poder dar isso a ela.
Estou frente à completa destruição?
Não. Estou na busca de um significado.
Exatamente às cinco da manhã.
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