quinta-feira, 22 de abril de 2010

Quinta-feira, 22 de abril de 2010.

Assim eu quereria meu último poema.

Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos siucidas que se matam sem explicação.

Manuel Bandeira - "O último poema"

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